GEOLOGIA:
Geomorfologicamente, a região onde está localizada a RPPN, está inserida na Depressão São Franciscana e Planaltos de São Francisco. As condições naturais da região são resultantes de um processo geológico baseado na remoção de material sedimentar ocorridos durante o período terciário (Formações Urucuia e Santa Helena) e conseqüente exposição das camadas calcárias da Série Bambuí, com idade remontada ao Pré-Cambriano.
SOLO:
Os solos da bacia hidrográfica do rio Pandeiros, onde está localizada a RPPN, são essencialmente arenosos, não estruturados, profundos e com elevada drenagem. Sua origem provém do transporte e da sedimentação de material carreado por grande fluxo hídrico em períodos geológicos passados. Estas condições determinaram um solo pobre em nutrientes, muito ácido e carente de matéria orgânica. Nestes solos, não é recomendada a remoção da cobertura vegetal para fins produtivos, uma vez que este procedimento influencia positivamente o estabelecimento de processos erosivos. Os hidrossolos estão presentes ao longo das calhas dos córregos, veredas e nas terras úmidas. Estes últimos são solos formados através do carreamento de matéria orgânica oriunda da erosão das partes mais altas e dos depósitos de matéria vegetal.
CLIMA:
O clima da região onde está localizada a RPPN, segundo a classificação de Köppen, é Aw, ou seja, clima tropical úmido de savana, com inverno seco e verão chuvoso, com amplitude térmica compreendida entre 9 °C e 45 °C, nos períodos frios e quentes, respectivamente. Porém a temperatura média do mês mais frio é superior a 18ºC. O regime de chuvas é o tropical, ocorrendo no verão. As estações são duas, bem marcadas. O período seco inicia-se em maio e termina entre setembro e outubro, a precipitação do mês mais seco é inferior a 60 mm. As chuvas acontecem de outubro a março, sendo sua maior concentração em dezembro e janeiro, período que recebe 80% da distribuição pluviométrica anual para esta região. Essa distribuição é variável, de 700 mm, para os anos mais secos, chegando a 1.200 mm nos mais chuvosos. O déficit hídrico advém da evapotranspiração acentuada e é um dos aspectos climáticos mais marcantes dessa região, ocorrendo entre maio a setembro, podendo o declínio da umidade relativa do ar ser grande, chegando aos dias mais secos abaixo dos 35%.
SISTEMA HIDROGRÁFICO:
As veredas e terras úmidas que dão origem às nascentes dos principais cursos d’água, formadores das bacias hidrográficas dos rios Pandeiros, são alimentadas pelos aquíferos existentes nos maciços de arenito das formações Urucuia e Três Marias. Todo o sistema hidrográfico da RPPN drena para os rios Pardo e Pandeiros, que é considerado um dos maiores tributários na região do alto-médio São Francisco.
A RPPN situa-se no domínio fitogeográfico do cerrado, que é o maior domínio de paisagem do Estado de Minas Gerais.
A diversidade faunística do Cerrado é considerada área prioritária para conservação da vida no planeta pelo World Wildlife fundation – WWF.
Avifauna rica e diversificada abrangendo espécies pisitacíformes, falconiformes, tinamiformes, galliformes entre outros.